ARTIGOS ORIGINAIS
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER DA PORÇÃO DISTAL DO TÊRÇO INFERIOR DO RETO PELA RESSECÇÃO ANTERIOR ULTRABAIXA E INTERESFINCTÉRICA COM ANASTOMOSE COLOANAL POR VIDEOLAPAROSCOPIA
Surgical Treatment of Ultra-low Rectal Cancer by Laparoscopic Coloanal Anastomosis and Intersphincteric Resection
JosÉ Reinan Ramos, TSBCP1,2,3,4,5,6; Ronaldo Machado Mesquita, TSBCP1,2;Eduardo A. Valory, ASBCP1,2; Felipe Santos, ASBCP1,2
1 Membro Titular do SBCP; 2 Membro Titular do CBC; 3 Membro Titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro; 4 Mestre em Cirurgia pela Universidade Illinois-USA; 5 Certificação em Videocirurgia pela AMB;6 Ex-Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Resumo: Objetivo: Identificar as complicações pós-operatórias, a duração da internação hospitalar, os resultados funcionais clínicos, e os resultados oncológicos num seguimento médio de 2,5 anos nos pacientes com câncer do reto distal submetidos à ressecção anterior ultrabaixa e interesfinctérica com anastomose coloanal por videolaparoscopia. Casuística e Métodos: De um total de 491 pacientes operados pelo acesso videolaparoscópico, foram selecionados para esse estudo prospectivo 13 doentes , nove do sexo feminino,com câncer da porção distal do reto inferior entre os 172 pacientes com câncer do reto.Nenhum tumor T4 ou com resposta completa à quimiorradioterapia foi selecionado. A quimiorradioterapia neo-adjuvante foi aplicada em 8 doentes. Resultados: A taxa de complicaçãos pós-operatória foi de 23,1%., sendo de 7,7% o índice de fístula anastomótica. A mortalide foi nula. A alta hospitalar ocorreu até o 7° dia de pós-operatório para 8 pacientes (61,5%), 4 dos quais no quinto dia.. O número médio de linfonodos por peça foi 13. A margem distal média foi de 1,5 cm. A margem circunferencial foi positiva em um caso (7,7%). Evacuação fracionada foi relatada por 11 pacientes (91%) e incontinência fecal por 5 pacientes (41%). Onze pacientes (84%) estão satisfeitos com a operação. Um paciente continua ileostomizado (7,7%). Em um seguimento médio de 30 meses ocorreu uma recidiva local (7,7%) e dois casos de metástase pulmonar (15,4 %). As três pacientes faleceram da doença. Dez pacientes (77%) estão sem doença. CONCLUSÕES: Apesar da pequena casuística, a analise permitiu as seguintes conclusões: a) A técnica empregada mostrou ser viável e segura, pois apresentou baixo índice de complicação pós-operatória e mortalidade nula; b) O emprego dessa técnica permitiu período de internação hospitalar pós-operatório curto; c) Apesar dos resultados funcionais com avaliação clínica regular, evitou-se a colostomia definitiva em 92,3% dos doentes; d) A utilização dessa técnica não comprometeu os resultados oncológicos num período médio de 30 meses de seguimento.
Descritores: Ressecção Interesfictérica, Câncer do Reto, Laparoscopia.
INTRODUÇÃO
A ressecção abdominoperineal do reto
idealizada por E. Miles (1) em 1908 foi considerada a
operação "padrão ouro" do século passado para o
tratamento do adenocarcinoma do reto. O
estabelecimento de critérios técnicos, sem prejuízo da radicalidade,
tornou as operações com preservação esfincteriana,
associada ou não a tratamentos neo-adjuvantes, as
mais realizadas atualmente, com baixos índices de
complicação pós-operatória e de recidiva local, sem
a necesidade de colostomia definitiva. A ressecção
anterior do reto baixa ou ultra-baixa com excisão total
do mesorreto e preservação dos nervos pélvicos,
seguida de anastomose colo-anal com bolsa colônica em J
por duplo grampeamento, é aceita como a operaçao
"padrão ouro" desse início de milênio, para o
tratamento do câncer do reto distal.
Com o aumento dos conhecimentos sobre a disseminação do câncer do reto e melhor avaliação
da importância não só da margem de ressecção distal
(2 cm) como também da margem lateral/circunferencial
(1 mm) e da excisão total do mesorreto (ETM)
difundiram-se as técnicas cirúrgicas com
preservação esfincteriana.
O interesse do cirurgião colorretal pela anastomose coloanal foi estimulado a partir do
trabalho inicial de Parks (2) publicado em 1972.
Lazorthes et al.(3) e Parc et al.(4) propuseram
simultaneamente em 1986 o emprego do reservatório colônico
após ressecções retais baixas no sentido de melhorar os
resultados funcionais no pós-operatório imediato.
Pelissier et al.(5),em 1992, realizaram a operação utilizando
exclusivamente sutura mecânica, com o propósito de
diminuir a contaminação intra-operatória. Em
1995, Soew-Choen e Goh (6) comprovaram em estudo prospectivo e randomizado, as vantagens
funcionais do uso da bolsa colônica em J, quando comparados à
anastomose coloanal direta. Halböök et al.(7) em
1996, também em estudo prospectivo randomizado,
demonstraram menores índices de complicações
pós-operatórias e melhores resultados funcionais com a
utilização do reservatório colônico em J.
O consenso geral é que a maioria dos
cânceres do reto localizado na porção distal do terço
inferior (< 5cm da borda anal) seja tratado por
ressecção abdominoperineal do reto (RAP). Entretanto, com
a aceitação recente de margem distal de ressecção
menor do que 2cm( 8 ) aumentou-se as indicações
das operações de preservação esfincteriana. Por isso,
alguns autores(9-11) propuseram recentemente a
técnica de ressecção interesfinctérica, mesmo, em
pacientes com câncer do reto invadindo o músculo
esfíncter interno, já que o limite para a indicação parece ser
mais circunferencial do que distal. Assim, a taxa de
RAP vem progressivamente diminuindo.
A aceitação definitiva da
cirurgia videolaparoscópica para o tratamento do
câncer colorretal foi devido não só aos benefícios
definitivos no curto prazo, principalmente, com relação à
recuperação pós-operatória, mais também em função de
uma melhor preservação da resposta imunológica e
resultados a longo prazo de cura no mínimo equivalentes
ao da cirurgia convencional.
A Sociedade Americana de Cirurgões Colorretais( ASCRS) e a Sociedade Americana de
Cirurgiões Gastroentestinais(SAGES) vem
estimulando o desenvolvimento de estudos para avaliar a
segurança, a eficácia e os benefícios da
cirurgia videolaparoscópica no câncer do reto,
principalmente, depois da publicação , em 2007, dos resultados a
longo prazo do importante estudo randomizado do grupo
UK MRC CLASICC (12), que recomenda o emprego da cirurgia videolaparoscópica nas ressecções
anteriores do reto e nas ressecções abdominoperineais. Eric
Rullier (9) realizou pela primeira vez, em 2003, a técnica
de ressecção interesfinctérica por videolaparoscopia.
John Marks (13), da Universidade de Kentucky,
em 2005 preconizou iniciar a operação pelo
acesso interesfinctérico e completar pelo
acesso videolaparoscópico. Ramos (14) em 1995 publicou
nota técnica semelhante.
Em serviços especializados em cirurgia colorretal, a ressecção anterior ultrabaixa do reto
com anastomose coloanal por duplo grampeamento é
rotina para o tratamento de pacientes selecionados,
portadores de câncer do terço inferior do reto. No
entanto, tanto a reconstrução através do reservatório
colônico quanto a utilização do acesso videolaparoscópico
ainda não têm aceitação universal e dependem da
seleção adequada dos pacientes e da experiência do
cirurgião.
Este estudo tem como objetivo analisar os resultados do emprego da ressecção anterior
ultra-baixa e interesfinctérica do reto com anastomose
coloanal realizadas por videolaparoscopia para tratamento
de pacientes com câncer da porção distal do reto inferior.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Critérios para a escolha dos doentes
De um total de 491 pacientes operados pelo acesso videolaparoscópico, no período de janeiro
1992 a maio de 2009, foram selecionados para esse
estudo prospectivo 13 doentes com câncer da porção
distal do reto inferior. Os 240 pacientes com doença
benigna, os 77 com câncer do cólon, os 52 com câncer
do reto superior, os 58 com câncer do reto médio, e os
51 com câncer do reto inferior que foram submetidos
à ressecção abdominoperineal do reto foram
excluídos do estudo. Nenhum paciente com tumor T4 foi
selecionado. Os pacientes foram operados pelo mesmo
cirurgião (JRR) nos Serviços de Coloproctologia do
Hospital do Andaraí e do Hospital da Lagoa e nos
Hospitais Samaritano, São Lucas e Casa de Saúde São
José (Rio de Janeiro).
Na tabela 1 está demonstrado as principais
características dos pacientes (idade e sexo), do
tumor (localização) e do tratamento
pré-operatório (quimiorradioterapia).
A idade oscilou entre 39 e 80 anos com uma média de 63 anos.
Quanto ao sexo, 9 doentes (69,3%) pertenciam ao sexo feminino e, 4 doentes (30,7%), ao masculino.
Todos os tumores estavam localizados na porção distal do reto inferior, até 4cm acima da
linha pectínea. A biópsia confirmou adenocarcinoma em
todos os tumores.
A quimiorradioterapia neo-adjuvante (5FU-Leu + 45G) foi utilizada em 8 doentes (61,4 %).Todos
tiveram resposta parcial.
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
A avaliação pré-operatória pélvica foi
realizada com toque retal, retossigmoidoscopia e
ressonância magnética em 10 pacientes e
tomografia computadorizada nos outros 3.
A colonoscopia realizado em todos os pacientes foi o exame utilizado para excluir lesões
síncrônicas do cólon. A tomografia computadorizada hepática e
a ressonância magnética hepática foram usadas
para excluir metástase no fígado e o raio X de tórax
para excluir metástase pulmonar.
TÉCNICA OPERATÓRIA
Todos os doentes foram submetidos a tratamento operatório eletivo.
A técnica operatória empregada esta
publicada na íntegra na nota técnica de Ramos JR (15).Os
principais passos da operação são:
1 - Posição do Paciente (Figura 1).
Figura 1 - Posição do paciente. |
Figura 2 - A - Numeração das cânulas; B - Posicionamento
dos trocartes; C - Função da cânulas. |
Figura 3 - Posição da equipe |
Figura 4 - Identificação e selagem alta dos vasos
mesentéricos inferiores. A e B - Artéria mesentérica inferior. C e D -
Veia mesentérica inferior. |
Figura 5 - Excisão total do mesorreto (Técnica de Rullier).
Tempo 1 da Dissecção Retal Alta-Dissecção posterior alta
(Referência anatômica: espaço pré-sacral/promontório). |
Figura 6 - Excisão total do mesorreto (Técnica de Rullier).
Tempo 2 da Dissecção Retal Alta-Dissecção lateral alta
(Referência anatômica: nervos hipogástricos). |
Figura 7 - Excisão total do mesorreto (Técnica de Rullier).
Tempo 3 da Dissecção Retal Alta-Dissecção anterior
alta(referência anatômica: vesículas seminais ou a cúpula vaginal. |
Figura 8 - Excisão total do mesorreto (Técnica de Rullier).
Tempo 4 da Dissecção Retal Baixa _ Dissecção Lateral baixa
(Referência anatômica: nervos o plexo pélvico parassimpático). |
Figura 9 -Excisão total do mesorreto (Técnica de Rullier).
Tempo 5 da Dissecção Retal Baixa _Dissecção posterior baixa
(referência anatômica: músculos elevadores do ânus). |
Figura 10 - Excisão total do mesorreto (Técnica de
Rullier). Tempo 6 da Dissecção Retal Baixa _Dissecção anterior
baixa (referência anatômica:a fascia de Denonvilliers e a próstata
ou vagina). |
Figura 11 - Anastomose coloanal via abdominal. A -
Endogrampeamento retal baixo com grampeador articulado. B - Linha de grampeamento
no topo do canal anal. C - Perfuração do côto retal para conexão da
ogiva. D - Final da anastomose coloanal latero-terminal. |
Figura 12 - A-Demonstração da secção do reto distal (Traço
preto) pelo acesso interesfinctérico com ressecção parcial do
esfincter interno. B - Exposição transanal da margem
distal.c-Demostração da coloplastia transversa. |
Figura 13 - A - Demostração da bolsa colônica em J de 5 cm.
B- Anastomose latero-lateral grampeada para confecção da bolsa
em J.c-Anastomose coloanal manual. |
Figura 14 - A - Exposição docanal anal com o afastador de
Lone-star. B - Fechamento com sutura em chuleio abaixo da linha
pectínea. C - Inicio da ressecção interesfinctérica. D - Final da
ressecção interesfinctérica com excisão do esfíncter interno. |
Figura 15 - Coloplastia. A - Exposição do cólon abaixado. B
- Coloplastia transversa em chuleio. C - Anastomose coloanal
em plano único. D - Aspecto final do ânus. |
Figura 16 - Anastomose Latero-lateral. A - Exposição e
abertura do cólon. B - Final da abertura na borda antemesentérica. C
- Anastomose coloanal. D - Anastomose coloanal com pontos
separados. |
Figura 17 - Excisão total do mesorreto com margem
circunferencial negativa. |
Figura 18 - Peça operatória aberta com margem distal livre de
0,5 cm. Peça irradiada |
Figura 19 - Peça operatória aberta com margem distal livre de
0,5 cm. Peça não irradiada. |
ABSTRACT: Purposes: The main purpose of this study was to evaluate the postoperative complications, the length of the hospital stay, the clinic functional results, and the oncological outcome at 2,5 years follow-up of patients with very low rectal cancer treated by laparoscopic coloanal anastomosis and intersphincteric resection. Patients and Methods: 491 patients were treated by laparoscopic colorectal surgery, 13 of 172 with rectal cancer were selected and prospectively evaluated. All with very low rectal cancer, 9 female. No patient T4 or with complete response to quimioirradiation was selected. Quimioirradiation was used in 8 patients. RESULTS: The postoperative complication rate was 23,1% and the anastomotic fistulas rate was 7,7%. No patients died postoperatively. 61,5% of the patients were discharged before 7 days of hospital stay. The median number of harvested lymphnodes was 13. Mean distal tumor-free margin was 1,5 cm. Circumferential margin was positive in 1 case (7,7%). Fecal incontinence was related in 41% of the patients and fracionned evacuations in 91%. Eleven patients (84%) have related good quality of life. One patient is with definitive stoma (7,7%). With median follow-up of 30 months, there were one local recurrence (7,7%) and two cases of lung metastases (15,4 %). All, the three patients died of the diseases. Ten patients are survived (77%) without disease. CONCLUSIONS: Analysis of results led to the following conclusions: a) The technique employed is safe and have presented low rate of complication and no mortality; b) The use of this technique have permited short length of the hospital stay; c) Functional results were regular , but colostomy was avoid in 92,3% of the patients; d) The use of this technique does not compromise the oncological outcome at a median follow-up of 30 months.
Key words: Intersphincteric Resection, Rectal Cancer, Laparoscopy.
Referências
1. Miles EW. A method of performing abdominoperineal
excision for carcinoma of the rectum and of the terminal portion of
the pelvic column. Lancet. 1908; 2: 1812-1813.
2. Parks AG. Transanal technique in low rectal anastomosis.
Proc R Soc Med 1972;65:975-6.
3. Lazorthes F, Fages P, Chiotasso P, Lemozy J, Bloom
E. Resection of the rectum with construction of a colonic
reservoir and colo-anal anastomosis for carcinoma of the rectum. Br
J Surg 1986;73:136-8.
4. Parc R, Tiret E, Frileux P, Moszkowski E, Loygue J.
Resection and colo-anal anastomosis with colonic reservoir for
rectal carcinoma. Br J Surg 1986;73:139-41.
5. Pélissier EP, Blum D, Bachour A, Bosset JF. Functional
resultas of coloanal anastomosis with reservoir. Dis Colon
Rectum 1992;35:843-6.
6. Seow-Choen F, Goh HS. Prospective randomized
trial comparing J colonic pouch-anal anastomosis and
straight coloanal reconstruction. Br J Surg 1995;82:608-10.
7. Hallbook O, Pahlman L, Krog M, Wexner SD, Sjodahl
R. Randomized comparison of straight and colonic J
pouch anastomosis after low anterior resection. Ann Surg
1996;224:58-65.
8. Rullier E, Laurent C, Bretagnol F, Rullier A, Vendrely V,
Zerbib F. Sphincter-saving resection for all rectal carcinomas: the
end of the 2-cm distal rule.. Ann Surg. 2005 Mar;241(3):465-9.
9. Rullier E, Sa Cunha A, Couderc P, Rullier A, Gontier R,
Saric J. Laparoscopic intersphincteric resection with coloplasty
and coloanal anastomosis for mid and low rectal cancer.
British Journal of Surgery 2003;90:445-51.
10. Saito N, Moriya Y,et Intersphincteric Resection in
Patients with Very Low Rectal Cancer: A Review of the
Japanese Experience . Dis Colon Rectum 2006 oct;49(10)s13-s22.
11. Weiser MR, Quah HM, Shia J, Guillem JG, Paty PB,
Temple LK, Goodman KA, Minsky BD, Wong WD.
Sphincter preservation in low rectal cancer is facilitated by
preoperative chemoradiation and intersphincteric dissection. Ann Surg.
2009 Feb;249(2):236-42.
12. Jayne DG, Guillou PJ, Thorpe H, Quirke P, , Smith
AM, Heath RM, Brown JM; UK MRC CLASICC Trial Group.Randomized trial of laparoscopic-assisted
resection of colorectal carcinoma: 3-year results of the UK
MRC CLASICC Trial Group. : J Clin Oncol. 2007 Jul 20;25(21):3061-8.
13. Annamaneni R., Marks J., Curran T., Mohiuddin M.,
Marks G.. A Comparison of Laparoscopic Vs. Open
Radical Sphincter PreservingSurgery for Distal Rectal
Cancer Following Neoadjuvant Therapy. Poster
Presentation, Philadelphia Academy of Surgery Annual Resident
Paper Competition, Philadelphia, Pennsylvania, February 7, 2005.
14. Ramos J.R. Laparoscopic very low anterior resection
and coloanal anastomosis using the pull-through technique.
Dis Colon Rectum. 1995 Nov; 38(11):1217-
15. Ramos JR.Ressecção Anterior Ultrabaixa
e Interesfinctérica com Anastomose Coloanal
por Videolaparoscopia: Nota técnica e vídeo. Revista do
colégio Brasileiro de Cirurgiões.
2009.
16. Amin AI, Hallbook O, Lee AJ, Sexton R, Moran BJ, Heald
RJ. A 5-cm colonic J pouch colo-anal reconstruction
following anterior resection for low rectal cancer results in
acceptable evacuation and continence in the long term. Colorectal
Disease 2003;5(1):33.
17. Dehni N, Tiret E, Singland JD, Cunningham C, Schlegel
RD, Guiguet M, Parc R . Long-term functional outcome after
low anterior resection: comparison of low colorectal
anastomosis and colonic J-pouch-anal anastomosis. Dis Colon
Rectum 1998;41:817-226.
18. Fazio VW, Mantyh CR, Hull TL. Colonic "coloplasty":
novel technique to enhance low colorectal or coloanal
anastomosis. Dis Colon Rectum 2000; 43:1448-50.
19. Z'Graggen K, Maurer C, Mettler D, Stoupis C, Wildi S,
Buchler MW. A novel colon pouch and its comparison with a
straight coloanal and colon J-pouch-anal anastomosis:
preliminary results in pigs. Surgery 1999;125:105-112.
20. Ho YH, Brown S, Heah SM, Tsang C, Seow-Choen F, Eu
KW. Comparison of J-pouch and coloplasty pouch for low
rectal cancers: a randomized, controlled trial investigating
functional results and comparative anastomotic leak rates. Ann
Surg. 2002 jul;236(1):49-55.
21. Huber FT, Herter B, Siewert JR. Colonic pouch vs.
side-to-end anastomosis in low anterior resection. Dis Colon
Rectum, 1999;42(7):896-902.
22. Brown CJ, Fenech DS, McLeod RS. Reconstructive
techniques after rectal resection for rectal cancerCochrane Database
Syst Rev. 2008 Apr 16;(2):CD006040
23. Hallbook O, J Johansson K, Sjodahl R. Laser Dopller
blood flow measurement in the rectal resection for
carcinoma- comparison between the straight and colonic J
pouch reconstruction. Br J Surg 1996;
24. Gervaz P, Rotholtz N, Wexner SD, You SY, Saigusa N,
Kaplan E, Weiss RG, Nogueras JJ, Belin B. Colonic J-pouch
function in rectal cancer patients: impact of
adjuvant chemoradiotherapy. Dis Colon Rectum 2001;44(11):1667-75.
25. Rullier A, Laurent C, Capdepont M, Vendrely V,
Belleannée G, Bioulac-Sage P, Rullier E . Lymph nodes after
preoperative chemoradiotherapy for rectal carcinoma: number, status,
and impact on survival. Am J Surg Pathol. 2008 Jan;32(1):45-50.
26. Habr-Gama A, Perez RO, Nadalin W, Sabbaga J, Ribeiro U
Jr, Silva e Sousa AH Jr, Campos FG, Kiss DR,
Gama-Rodrigues J. Operative versus nonoperative treatment for stage 0
distal rectal cancer following chemoradiation therapy:
long-term results. Ann Surg. 2004 Oct;240(4):711-7.
27. Portier G, Ghouti L, Kirzin S, Guimbaud R, Rives M,
Lazorthes F. Oncological outcome of ultra-low coloanal anastomosis
with and without intersphincteric resection for low
rectal adenocarcinoma. Br J Surg. 2007 Mar;94(3):341-5.
28. Akasu T, Takawa M, Yamamoto S, Ishiguro S, Yamaguchi
T, Fujita S, Moriya Y, Nakanishi Y. Intersphincteric resection
for very low rectal adenocarcinoma: univariate and
multivariate analyses of risk factors for recurrence. Ann Surg Oncol.
2008 Oct;15(10):2668-76.
29. Ito M, Saito N, Sugito M, Kobayashi A, Nishizawa Y,
Tsunoda Y. Analysis of clinical factors associated with anal
function after intersphincteric resection for very low rectal cancer.
: Dis Colon Rectum. 2009 Jan;52(1):64-70.
30. Tilney HS, Tekkis PP. Extending the horizons of
restorative rectal surgery: intersphincteric resection for low rectal
cancer Colorectal Dis. 2008 Jan;10(1):3-15.
31. Tsang WW, Chung CC, Kwok SY, Li MK.
Laparoscopic sphincter-preserving total mesorectal excision with colonic
J-pouch reconstruction: five-year results. Ann Surg.
2006 Mar;243(3):353-8.
32. Laurent C, Leblanc F, Gineste C, Saric J, Rullier
E. Laparoscopic approach in surgical treatment of rectal
cancer. Br J Surg. 2007 Dec;94(12):1555-61.
Endereço para correspondência:
José Reinan Ramos
Rua Visconde e Silva, 52 / 701
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
CEP: 22271-090
Tel.: (21) 2286-4996 / 9986-5443
E-mail: j.reinan.ramos@openlink.com.br
Recebido em 16/07/2009
Aceito para publicação em 28/08/2009
Trabalho apresentdo à Academia de Medicina do Rio de janeiro para concorrer à Membro Titular.